sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Os soldados muçulmanos de Hitler, 1943

Mielke, 1943, Sommer. Bundesarchiv. Bild 101. Mielke-036-23.
Mielke, 1943, Sommer. Bundesarchiv. Bild 101. Mielke-036-23.

Voluntários muçulmanos bósnios da Divisão SS Handschar leem doutrina nazista na forma de um livrete Intitulado Islam und Judentum (“Islão e Judaísmo”).

Em 1943, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) cada vez mais se projetava contra Berlim e as dificuldades para o III Reich se multiplicavam. Ciente disso e buscando solução, o comandante da temida Waffen-SS, Heinrich Himmler, decidiu ampliar mais uma vez o quadro da força militar de elite. Com o aval de Hitler, a 13ª Divisão de Montanha Waffen-SS Handschar foi criada e lançada sobre os Balcãs, para dar combate aos partisans (guerrilheiros comunistas) de Tito.
Inicialmente, apenas “arianos” seriam selecionados para Waffen-SS. Esta, além de formidável unidade militar, deveria representar o “ideal ariano”. No entanto, pelas dificuldades encontradas na guerra, foi aceita a ajuda de simpatizantes estrangeiros. O emprego de bósnios, quando analisado de acordo com a cultura nazista, é tido como um dos maiores equívocos de Himmler, onde teria ocorrido a total deturpação do ideal.
Assim como a SS-Handschar, outras “divisões estrangeiras” foram criadas em apoio à ideologia nazista. Diversos países foram “representados” por seus nacionais nas forças armadas do III Reich — incluindo franceses, ingleses, russos e norte-americanos.
REFERÊNCIAS:
CAWTHORNE, NIGEL. A HISTÓRIA DA SS: O IMPLACÁVEL ESQUADRÃO DA MORTE DE HITLER. TRAD. MARINA NOBRE. SÃO PAULO: MADRAS, 2012.
GILBERT, ADRIAN. ENCICLOPÉDIA DAS GUERRAS: CONFLITOS MUNDIAIS ATRAVÉS DO TEMPO. TRAD. ROGER DOS SANTOS. SÃO PAULO: M. BOOKS, 2005.

28 anos, pernambucano, graduado em Direito. Diligencia pesquisas sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever e, às vezes, arrisca-se – tragicamente – nos desenhos. Na Internet, atua como administrador, criador de conteúdo e revisor.

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