O Imperador Dom Pedro II e a sua comitiva na primeira viagem que fez ao Egito, em 1871. O imperador se encontra sentado na última cadeira à direita e impõe sua grande barba branca. Verificam-se, como pano de fundo, a maior das pirâmides do Complexo de Gizé e a sua Esfinge sem o nariz, que, entre os boatos históricos, diz ter sido destruído durante a campanha de Napoleão Bonaparte.
A longa viagem ao Egito, entre outras, causou mal-estar no Brasil e rendeu caricaturas do imperador, pois o período era de grande agitação política e as décadas de 1870 e 1880 prometiam grandes modificações ao Estado Brasileiro (que finalmente se tornaria uma república em 1889). Entre as questões inquietantes, encontram-se o recente fim da Guerra do Paraguai (1864–1870), os fervorosos debates abolicionistas, a conciliadora política nacional de Pedro II e a própria continuidade ou não do império.
Diz-se que o imperador era um homem de infinitos desejos, mas que nenhum se familiarizava com o serviço burocrático de monarca. Sempre concentrado em suas leituras, observações e escritos, o imperador do Brasil parecia não cultivar grande paixão pelas rédeas do governo imperial.
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