Placa icônica — e bem-humorada — acerca da construção de Brasília. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Construída pelos chamados candangos e inaugurada pelo Presidente Juscelino Kubitschek em 21 de abril de 1960, Brasília, a Capital Federal, já nasceu impondo recordes e trazendo esperança ao povo brasileiro, por sua rápida, organizada e imponente construção: é a maior cidade inteiramente construída no século XX, alicerçada sob o entusiasmante slogan de Kubitschek: 50 anos em 5.
A ideia da construção de Brasília, contudo, remonta o período em que o Brasil ainda era um império e teria sido ideia do teuto-brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen, historiador, engenheiro e diplomata nascido em Sorocaba, no interior de São Paulo.
No ano de 1849, Francisco enviou carta ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro sugerindo a transferência da capital do Rio de Janeiro ao interior do país. Em 1877, Francisco Varnhagen, que desde 1868 chefiava a legação brasileira em Viena, a então capital do poderoso Império Austro-Húngaro, veio especialmente ao Brasil para fazer seus estudos sobre onde deveria se localizar o que quase um século mais tarde se chamaria de Brasília.
Fotografias cristalizadas referentes à construção de Brasília:
…E placa ainda continua lá e certamente ganhou o carinho de todos. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Planalto Central: um “mundão” de terras. Parecia impossível construir tamanha cidade planejada em tão pouco tempo. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
“Mas nós somos brasileiros e não desistimos nunca” — Clarissa Passos. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Veículos, carroças, bicicletas, animais ou mesmo o expresso canelinha (a pé)… tudo era necessário nos primeiros anos de Brasília. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Comércio surgindo para atender às necessidades dos candangos. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
A reconhecida irreverência do brasileiro desde o início marcou a cidade de Brasília. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Barracões temporários onde a maioria dos candangos residia. Sem desejar eufemismo, os antigos barracões de Brasília lembram os dos campos de concentração nazista. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Crianças no canteiro de obras eram habituais, ora se divertindo ora ajudando, afinal, toda criança um dia já quis ser pedreiro…. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Placa demarcando o local onde seria construída a Residência Oficial da Presidência da República, o Palácio da Alvorada. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Esqueleto do Palácio da Alvorada já construído. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Candangos com a mão na massa. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Dados interessantes dos censos realizados durante a construção de Brasília:
A migração começa em 1956 com a chegada de 256 trabalhadores, os primeiros candangos, como eram chamados os operários que construíram Brasília.
Em janeiro de 1957, a estimativa era de 2.500 trabalhadores. Uma contagem populacional feita em julho do mesmo ano indicava precisos 12.283 candangos. O livro do IBGE revela ainda que esse número atinge 28 mil trabalhadores em março de 1958. Entre esse ano e a aplicação do censo experimental (maio de 1959), o cálculo é de um crescimento mensal médio de 2,1 mil pessoas.
Grande parte dessa população vivia em acampamentos da construção dos primeiros prédios de Brasília e a maioria na faixa etária de 20 a 40 anos. A origem predominante dos candangos era dos estados mais próximos: Goiás (23,3%), Minas Gerais (20,3%) e Bahia (13,5%). Em termos regionais, os nordestinos eram os principais candangos (44%). O IBGE também contou 1.216 estrangeiros morando em Brasília em 1959. (COSTA, 2016, s/p)
Mais candangos e mais massa. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
…Candangos com carrinhos de mão, afinal, massa era o que não faltava. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Máquinas pesadas e trabalhadores na construção da Capital Federal. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Também havia muitos bares, pois toda guerra tem seu dia de papa. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Rede elétrica improvisada para amenizar a vida dos primeiros cidadãos de Brasília e fazer as máquinas trabalharem. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Muitos prédios temporários foram criados para auxiliar e organizar as tantas obras. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
Violão, cigarrinho, conversa fiada… candangos em seu momento de descontração. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
No último censo da época da construção de Brasília, mais de 7 mil pessoas já haviam nascido em Brasília. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
A boa e inestimável imagem do brasileiro: um sujeito que, apesar dos pesares, sempre encontra motivos para continuar sorrindo. Fotografia: Arquivo Público do Distrito Federal, ArPDF.
REFERÊNCIAS:
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.
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