quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Pogo, o palhaço assassino

John Gacy Jr., o palhaço Pogo. Fotografia: autor desconhecido.
John Gacy Jr., o palhaço Pogo. Fotografia: autor desconhecido.
Cidadão exemplar, ativista político e querido pela comunidade, portava boa fama inabalável. Recebeu o título de “cidadão do ano” da sua comunidade e posou para foto com a então primeira dama dos EUA, Rosalynn Carter. Era brincalhão, mas algumas de suas “brincadeiras” eram diferentes e sua fantasia de palhaço continha algo mais que tinta vermelha. De 1972 a 1978, o lobo vestido de cordeiro atacou sem levantar suspeitas. Quando corpos começaram a “emergir” de sua casa, John se tornou o palhaço assassino – torturava, abusava sexualmente e matava. Matou, pelo menos, 33 jovens com idades entre 9 e 20 anos. Sua aterrorizante história inspirou filmes, musicais e amaldiçoou a imagem do bom palhaço para as crianças que de sua história souberam.
John nasceu em 1942, em Chicago, EUA. Filho de um violento pai alcoólatra, o pequeno Gacy Jr. sofreu durante a infância: costumava apanhar sem motivo aparente e ser chamado de “menininha” e “bichinha”. Seu pai parecia lhe odiar, mas, apesar de tudo, a criança correspondia com amor.
John edificou sua vida como um cidadão modelo: formou-se (Administração), trabalhou, casou-se, teve filhos e fazia churrascos. Era um prestativo e divertido vizinho. John casou com uma colega de trabalho e se mudou para outro estado, para trabalhar no restaurante do pai da sua esposa. Logo chegou à gerência – era um bom administrador e tinha uma visão diferenciada para os negócios.
A primeira-dama Rosalynn Carter e o sociopata. Fotografia: autor desconhecido.
A primeira-dama Rosalynn Carter e o sociopata. Fotografia: autor desconhecido.
“Em 1968, um evento pegou de surpresa todos os seus conhecidos: foi acusado de ter subjugado sexualmente, por um longo período de tempo, um jovem empregado. John Wayne Gacy contratou um adolescente assassino para espancar uma testemunha da promotoria, e mais acusações pesaram sobre ele. Negociando uma confissão, foi sentenciado a dez anos de prisão.”
Antes de terminar o segundo ano de prisão, foi solto por bom comportamento – “prisioneiro modelo”. Afastado da sua esposa e família que não mais o queriam por perto, Gacy resolveu recomeçar a vida retornando a Chicago. Logo John progrediu e se estabilizou financeiramente, também angariando o respeito da comunidade: abriu uma construtora, casou-se novamente e teve filhos. Integrou-se à comunidade e fazia parte do Conselho Católico e da Defesa Civil. Sua marca distintiva – como todos se lembram – era se vestir de palhaço para alegrar crianças em festas. Teria sido nessa época (1972) que John Gacy começou a matar.
Era um pai excepcionalmente amoroso, um bom vizinho que sempre abria as portas da sua casa para festas e recebeu o título de “cidadão do ano” por sua exemplar participação cívica. A imagem que tinham dele era a do bom palhaço. Fatos estranhos surgiram, mas sua imagem pública parecia “blindada”. Sua imagem era tão resistente que somente após os corpos serem removidos de sua casa que se desfez.
As coisas fugiram do controle de Gacy quando o jovem Robert Piest, de 17 anos, desapareceu em 1978. Piest havia dito a amigos que se encontraria com Gacy pela promessa de emprego. Nunca mais foi visto. Piest sonhava ser astronauta e não tinha motivos para fugir, era um bom filho. A polícia fez uma visita a Gacy e, intrigada, monitorou sua rotina e investigou sua vida pregressa – foi descoberta sua condenação anterior por abuso sexual. Também foi apurado que outros jovens funcionários da sua construtora se encontravam desaparecidos. Havia algo errado…
Investigadores foram à casa de Gacy, mas nada encontraram. Contudo, havia algo latente: embora não tenham encontrado algum fato “relevante”, um forte cheiro de “carniça” lhes intrigou. Foram encontrados “sedativos, algemas, livros sobre homossexualismo, instrumentos para ‘jogos’ sexuais, uma pistola, um pênis de borracha, maconha, além de objetos que aparentavam não pertencer a Gacy.”
Suspeitando do subterrâneo da casa, um segundo mandado judicial foi expedido e os policiais retornaram. John teria um porão, algo no subsolo. Começaram a cavar e descobriram ossadas: 29 corpos foram retirados. Levados ao instituto médico-legal, foram identificados: cada número/ossada recebeu seu real nome e cada nome significava uma família arrasada. O crime repercutiu por todo o país e a sociedade veio abaixo com as notícias. Gacy, zombando, indicou a localização de outros corpos – no que mais 4 corpos foram encontrados, incluindo o de Robert Piest.
Identificação criminal de Gacy. Fotografia: Polícia do Estado de Illinois, EUA.
Identificação criminal de Gacy. Fotografia: Polícia do Estado de Illinois, EUA.
Durante as averiguações policiais, descobriu-se o modus operandi: Gacy abordava jovens solitários nas ruas e lhes oferecia carona, sedando-os com clorofórmio. Seu carro possuía equipamentos próprios de automotores policiais, possuía arma de fogo e sempre apresentava um falso distintivo aos jovens abordados. Aceitando a carona maldita, dezenas de jovens sofreram abuso sexual e tortura, muitos foram mortos – normalmente por estrangulamento. Estranhamente, John abusava de alguns, mas não os matava, deixando-os nas ruas de Chicago e adjacências.
“Sabe-se que gostava de ler passagens bíblicas enquanto enforcava as vítimas; outras vezes, vestia-se de palhaço enquanto as torturava. Enfiava as cuecas dos rapazes em suas bocas para sufocá-los. John Wayne Gacy encaixa-se perfeitamente na fantasia do ‘Palhaço Assassino’.”
Foi associado a outros criminosos notórios – fato que odiava. Gacy detestava ter seu nome associado ao de Jeffrey Dahmer (o Canibal de Milwaukee) que apreciava carne humana frita. Tentando se desvencilhar de Dahmer, disse: “Eu matei, mas não fiz o que esse cara fez”.
No tribunal, alegou inocência por insanidade, mas não convenceu os jurados. Foi condenado em 1980. A promotoria descreveu Gacy como “impulsivo, perturbado, profano e doente”. Gacy foi tido como “mentiroso patológico e sociopata” pelos psiquiatras. No documentário há entrevistas e nota-se facilmente a facilidade que tinha para mentir. Foi condenado à pena capital.
John Wayne Gacy Jr., o Palhaço Assassino, passou 14 anos preso e foi declarado morto às 00:58, de 10 de maio de 1994, após a injeção letal ser ministrada.
Desenho feito por Gacy na prisão. Fotografia: autor desconhecido.
Desenho feito por Gacy na prisão. Fotografia: autor desconhecido.
Gacy parece ter morrido sem arrependimento. Já havia afirmado: “se você acha que viveu sua vida da maneira certa, você não tem nada a temer. (…) Eu sinto paz comigo mesmo”.
Suas últimas palavras foram: “Beijem meu ‘traseiro’! Nunca saberão onde estão enterrados os demais”.
Supostas curiosidades:
“A cela onde esteve Gacy ficou preso foi supostamente usada recentemente para rodar a aclamada série Prison Break; Jonathan Davis, vocalista da banda Korn, comprou o traje de palhaço de Gacy; o ex-tecladista da banda de Marilyn Manson usou parte do nome de John para sua ‘nova identidade’: Madonna Wayne Gacy.”
Agradecimentos especiais ao blog Convulssion pela ajuda fornecida.
REFERÊNCIAS:
CÉSAR, FERNANDO. JOHN WAYNE GACY JR.: “O PALHAÇO ASSASSINO”. ACESSO EM: 25 ABR. 2013.
CONVULSSION. “MAIS QUE UM PALHAÇO, MAIS QUE UM ARTISTA, UM ASSASSINO” – JOHN WAYNE GACY. ACESSO EM: 26 ABR. 2013.
CONVULSSION. “BEIJEM MEU CU! NUNCA SABERÃO ONDE ESTÃO ENTERRADOS OS DEMAIS” – JOHN WAYNE GACY. ACESSO EM: 26 ABR. 2013.
ID SERIAL KILLER. JOHN WAYNE GACY (O PALHAÇO ASSASSINO). ACESSO EM: 26 ABR. 2013.
METAMORFOSE DIGITAL. JOHN WAYNE GACY: O PALHAÇO ASSASSINO. ACESSO EM: 25 ABR. 2013.

Os 7 maiores Conquistadores da História

Motivados por ideais distintos, os mais competentes conquistadores da História de uma forma ou de outra se portaram como implacáveis em seu tempo, sendo praticamente invencíveis quando confrontados individualmente. Tribos, nações e até inimigos ferrenhos uniram esforços — quase sempre em vão — para detê-los.

As conquistas aqui mostradas não encontram paralelos na História. Foram expedições longas, modificadoras e brutais, tendo sido, para uns, incrivelmente gloriosas, para outros (os derrotados), um verdadeiro inferno dantesco. Foram guerras que agarraram o mundo pelo pescoço e o sacudiram com tremenda força…
…Guerras estas que fariam o próprio Deus Marte, deus da guerra na mitologia romana, orgulhar-se de sua mais brilhante e devastadora criação: os Conquistadores!
Um mundo de terras e mares a serem conquistados pela vastidão da “eternidade”. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
Um mundo de terras e mares a serem conquistados pela vastidão da “eternidade”. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
Compete esclarecer introdutoriamente que o alicerce para esta matéria reside unicamente sobre o quesito território conquistado, pois, a depender do espaço e tempo, alguns conquistadores encontraram inimigos mais poderosos e aguerridos que outros, como Napoleão que, embora se encontre na sétima posição, realizou feitos incríveis em um tempo em que a Revolução Francesa iluminava a França e que, enfraquecida, vulnerável e sem liderança central minimamente capacitada, era fortemente oprimida por seus poderosos vizinhos para que as ideias revolucionárias não fossem propagadas em detrimento das monarquias seculares.
7º CONQUISTADOR: NAPOLEÃO BONAPARTE (1760-1821)
De espírito brilhante e ambicioso, Napoleão Bonaparte logo cedo mostrou seu gênio militar, sendo um dos mais brilhantes chefes militares que o mundo já testemunhou. Dono de proezas quase inacreditáveis, de dezenas de batalhas vitoriosas e de derrotas que se contam nos dedos de uma só mão, Bonaparte simplesmente tomou seu assento entre os grandes conquistadores da História.
Napoleão Bonaparte. Imagem: Paul Delaroche.
Napoleão Bonaparte. Imagem: Paul Delaroche.
O poder é minha amante — Napoleão Bonaparte.
De berço humilde, o jovem corso, por mérito próprio, tornou-se General aos 24 anos de idade e lutou contra os mais poderosos impérios de seu tempo, mostrando-se impossível de se aplacar individualmente por qualquer outra nação, o que inclui a Rússia, que tantas vezes foi derrotada miseravelmente. Individualmente, em terra, Napoleão representou o que de melhor existiu à época.
Entretanto, com seu ambicioso sonho de unificar a Europa sob seu comando, acabou desencadeando efeito contrário ao unir o Velho Continente quase inteiramente contra si. As batalhas da Era Napoleônica ficaram marcadas pelo gigantesco emprego de recursos materiais e humanos. Era comum se ter grandes exércitos alinhados em rota de colisão para rápida e sangrenta resolução da pauta de guerra.
Território conquistado pela La Grande Armée de Napoleão Bonaparte. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
Território conquistado pela La Grande Armée de Napoleão Bonaparte. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
6º CONQUISTADOR: ADOLF HITLER (1899-1945)
Desta lista, Adolf Hitler é o único que não comandou diretamente seus exércitos nas diversas frentes de combate, contudo, seu implacável empenho na construção da armada nazista acabou por subsidiar uma série de importantes conquistas territoriais, de modo, inclusive, bem similar às de Bonaparte.
O Führer Adolf Hitler, Chefe do Estado Alemão. Imagem: © Bettmann/CORBIS, Adolf Hitler saudando, ca. 1933-1945, ID.: BE002442.
O Führer Adolf Hitler, Chefe do Estado Alemão. Imagem: © Bettmann/CORBIS, Adolf Hitler saudando, ca. 1933-1945, ID.: BE002442.
Não há nada na história que tenha sido conquistado sem o derramamento de sangue! — Adolf Hitler.
Contando a excelente tradição germânica de forjar comandantes capazes e, por vezes, geniais, Hitler teve o privilégio de dar ordens a marechais-de-campo como Rundstedt, Guderian, Manstein e o mais famoso e respeitado comandante da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Rommel, a Raposa do Deserto.
Todavia, as sucessivas ingerências de Hitler nos planos cuidadosamente traçados pelo Estado-Maior Alemão são apontadas, por vezes, como “desastrosas”, pois o Führer sempre os modificava deixando seus idealizadores confusos, quando não assustados por temerem a morte pelo que se chamava educadamente de “alta traição”.
Território conquistado pela Alemanha Nazista de Adolf Hitler. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
Território conquistado pela Alemanha Nazista de Adolf Hitler. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
5º CONQUISTADOR: ÁTILA, O HUNO (406-453)
Notório por sua ferocidade em conquistas, Átila, o rei dos hunos, lançou-se furiosamente sobre a Europa em uma campanha expansionista que lhe rendeu a alcunha de o Flagelo de Deus. Dono de vastas planícies entre a Europa e a Ásia, principalmente na atual Hungria, os hunos foram capazes de montar um poderoso exército montado que geralmente arrasava adversários nos mais diversos campos de batalha do Ocidente e Oriente.
Átila, o Huno. Imagem: Museu do Louvre, Paris, França. ID.: AO-2432.
Átila, o Huno. Imagem: Museu do Louvre, Paris, França. ID.: AO-2432.
Onde eu passar, a grama não crescerá novamente — Átila, o Huno.
Sob a liderança de Átila, os hunos pilharam e extorquiram os impérios Romano do Oriente e Parta, da Pérsia, aterrorizaram as planícies europeias, escravizaram outros povos bárbaros e deram sua contribuição à queda do decadente Império Romano do Ocidente.
Ainda, embora breve tenha sido seu reinado, atribui-se à figura de Átila, o Huno, o título de maior líder bárbaro da era conhecida como Invasões Bárbaras.
Expansão máxima do território de Átila, o Huno. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
Expansão máxima do território de Átila, o Huno. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
4º CONQUISTADOR: CIRO, O GRANDE (600-529 a.c.)
Ciro II, popularmente conhecido como Ciro, o Grande, consagrou-se como o grande criador do Império da Pérsia, sendo diretamente responsável por grandes conquistas territoriais. Ficou conhecido como um homem íntegro, generoso e até amado.
Ciro, o Grande. Imagem: autoria desconhecida.
Ciro, o Grande. Imagem: autoria desconhecida.
Seu império é considerado um dos mais importantes da história e se estendia das montanhas do Hindu Kush, no atual Afeganistão, até o Rio Indo, no Mediterrâneo. Dentre suas grandes conquistas, encontram-se a Lídia, Suméria, Babilônia e tantas outras possessões gregas. Estas últimas deram origem às guerras entre gregos e persas, as quais abarcam as famosíssimas batalhas de Maratona e dasTermópilas.
Acerca da Babilônia, Ciro, o Grande, é o responsável pela soltura dos judeus que nela se encontravam cativos, também devolvendo generosamente o antigo território dos filhos de Israel. Este evento, inclusive, encontra-se narrado na Bíblia. De acordo com o comumente noticiado, Ciro teria tido um sonho em que deveria libertar o povo hebreu.
Território conquistado por Ciro, o Grande. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
Território conquistado por Ciro, o Grande. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
3º CONQUISTADOR: TAMERLÃO (1336-1405)
Tamerlão, também conhecido como Timur, o Coxo, restaurou parte da antiga grandeza do império mongol criado por Gêngis Kahn. Desde cedo suas habilidades táticas e competência de comando o fizeram se destacar. Para se tornar Khan, diz-se que teria simulado seu parentesco com Gêngis Khan para viabilizar sua posse. É conhecido como um dos últimos grandes conquistadores da Ásia.
Estátua de Tamerlão, o Coxo. Imagem: autor desconhecido.
Estátua de Tamerlão, o Coxo. Imagem: autor desconhecido.
Como só há um Deus no Céu, tem que haver apenas um governante na Terra — Tamerlão.
Tamerlão conseguiu restaurar considerável parte do império mongol, contudo, ficou mais conhecido por sua crueldade sem-fim. Suas conquistas foram incrivelmente violentas ao ponto de mostrarem como verdadeiros massacres insanos. Em determinada ocasião, na Índia, logo após a Batalha de Panipat, em 17 de dezembro de 1398, Tamerlão ordenou a execução de aproximadamente 100 mil soldados indianos, massacrou os habitantes da cidade de Déli e saqueou tudo que era possível ser transportado, incluindo 90 ou 100 elefantes de guerra, sendo todo o restante destruído.
Território conquistado por Tamerlão. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
Território conquistado por Tamerlão. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
2º CONQUISTADOR: ALEXANDRE, O GRANDE (356-323 a.c.)
Alexandre, o Grande, nasceu na Macedônia, tornou-se rei aos 20 anos de idade e morreu antes de completar os 33. Deixou a vida como o maior conquistador do mundo, sendo, atualmente, considerado o maioral da Antiguidade e um dos principais capitães da História.
Mosaico de Alexandre, o Grande. Imagem: Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, Itália.
Mosaico de Alexandre, o Grande. Imagem: Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, Itália.
Uma tumba agora basta àquele para quem cujo mundo não era o bastante — Alexandre em seu leito de morte.
Seu império se estendeu dos Balcãs, na Europa, até a longínqua Índia, na Ásia, somando-se os territórios do Egito e Afeganistão. Sob o comando do pupilo do filósofo Aristóteles, as mortíferas falanges macedônias nunca lamentaram derrota em batalha, mesmo encarando impérios seculares e experientes com forças numericamente superiores e diversificadas.
Território conquistado por Alexandre, o Grande. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
Território conquistado por Alexandre, o Grande. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
O MAIOR CONQUISTADOR: GÊNGIS KHAN (1162-1227)
Nascido como Temujim, teve seu pai assassinado e uma infância extremamente dura, sendo escravizado e por vezes alvo de assassinos. Sem desistir de lutar, o histórico líder mongol resistiu com bravura incomum para vencer seus inimigos, unificar seu povo e lançar a mais extraordinária expansão militar que se tem registro. Orgulhava-se de se vestir e viver como seus guerreiros.
Gêngis Khan. Imagem: Bitrix Studio.
Gêngis Khan. Imagem: Bitrix Studio.
Eu sou um castigo de Deus. E se você não cometeu grandes pecados, Deus não teria enviado um castigo como eu — Gêngis Khan.
A horda mongol, guiada pela flecha incansável de Gêngis Khan, arrebatou seus cavaleiros nômades da longínqua e esquecida Mongólia à Europa e ao Oriente Médio. “Com os galopes mais rápidos e implacáveis das Idades Antiga e Média, as hordas das estepes asiáticas lideradas por Gêngis Khan forjaram, ao longo do século XIII, tanto o maior território contínuo quanto a segunda maior extensão territorial total de um império da História – conquistando em 25 anos o que civilizações inteiras, como a Pérsia e a república e o império romano, juntos, não conseguiram em quase 1.000 anos.” (BEZERRA, 2016, s/p)
Nunca ouve outro tão grandioso Conquistador como Gêngis Khan.
A imensidão do território conquistado por Gêngis Khan é impressionante. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
A imensidão do território conquistado por Gêngis Khan é impressionante. Imagem: Daniel Apolinário: http://2016.mezclador.com.br/daniel-apolinario/.
A título de curiosidade, o mais vasto domínio já criado pertenceu à Inglaterra, no século XIX, sendo ligeiramente maior que o mongol de Gêngis Khan. Contudo, diferentemente dos seus “concorrentes” elencados acima, o império britânico foi uma construção secular, quase milenar, e não fruto do espírito engajado e obstinado de um único indivíduo durante seu curto período de vida na Terra.
REFERÊNCIAS:
AGUIAR, LÍVIA. 10 MAIORES CONQUISTADORES DE TERRAS. ACESSO EM: 18. FEV. 2016.
BEZERRA, EUDES. AS IRRESISTÍVEIS HORDAS MONGÓIS DE GÊNGIS KHAN. ACESSO EM: 21 FEV. 2016.
CAWTHORNE, NIGEL. OS 100 MAIORES LÍDERES MILITARES DA HISTÓRIA. TRAD. PEDRO LIBÂNIO. RIO DE JANEIRO: DIFEL, 2010.
CUMMINS, JOSEPH. AS MAIORES GUERRAS DA HISTÓRIA. TRAD. VANIA CURY. RIO DE JANEIRO: EDIOURO, 2012.
GILBERT, ADRIAN. ENCICLOPÉDIA DAS GUERRAS: CONFLITOS MUNDIAIS ATRAVÉS DO TEMPO. TRAD. ROGER DOS SANTOS. SÃO PAULO: M. BOOKS, 2005.
GIORDANI, MÁRIO CURTIS. HISTÓRIA DA ANTIGUIDADE ORIENTAL. 13 ED. PETRÓPOLIS: VOZES, 1969.
VILAR, LEANDRO. TAMERLÃO, O “HOMEM DE FERRO”. ACESSO EM: 21 FEV. 2016.
IMAGEM(NS):
A EQUIPE DO MUSEU DE IMAGENS BUSCOU INFORMAÇÕES PARA CREDITAR A(S) IMAGEM(NS), CONTUDO, NADA FOI ENCONTRADO. CASO SAIBA, POR GENTILEZA, ENTRAR EM CONTATO.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Pablo Escobar – O Patrão do Mal

Pablo Escobar
Pablo Escobar – “O Patrão do Mal”

Durante a segunda metade do século XX, a Colômbia conheceu e temeu Pablo Emilio Escobar Gaviria, um dos maiores criminosos da história mundial. As organizações criminosas comandadas por Escobar chegaram a movimentar mensalmente mais de 100 milhões de dólares. Escobar fundou o Cartel de Medellín e acumulou uma fortuna pessoal superior a 3 bilhões de dólares, sendo apontado pela revista Forbes como o terceiro homem mais rico do mundo.

A vida criminosa de Pablo Escobar começou de forma bem discreta. Roubava lápides em cemitérios, regravava-as e depois as vendia. Passou a furtar veículos nas ruas de Medellín, sendo preso pela primeira vez no dia 25 de setembro de 1974, quando dirigia um veículo roubado vinte dias antes, pertencente a Guillermo Garcia. Preso na cadeia de Bellavista, escapou em 30 de maio de 1975. Foi iniciado no tráfico de cocaína pelo seu primo Gustavo Gaviria. A visão empresarial de Escobar, aliada a sua falta de escrúpulos, transformaram-no rapidamente em um líder inquestionável. Na década de 1970, tornou-se uma peça chave no tráfico internacional de drogas.
Pablo Escobar Preso
Pablo Escobar preso quando ainda era jovem.
O poder e a fortuna de “Pablito” Escobar eram imensuráveis, a ponto de, segundo um relatório de 1981 do DEA (Departamento Antidrogas dos Estados Unidos), o criminoso ter formado seu próprio exército paramilitar (seus soldados eram conhecidos comosicarios) para combater o Estado, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e posteriormente a guerrilha Los PEPES(Pessoas Perseguidas por Escobar). Os soldados de Escobar, espalharam o terror e derramaram sangue por toda a Colômbia em mais de uma década de atentados e assassinatos.
Ainda na década de 1970, Escobar já era conhecido no submundo de Miami como El Padriño (O Padrinho) e em 1977 foi identificado como um traficante de cocaína pelo FBI. No ano seguinte, uma investigação contra Pablito foi empreendida pelo governo americano, decorrente do contrabando de 19 toneladas de drogas por via marítima, organizado pela companhia do americano John Doe e dos colombianos Carlos Ledher e irmãos Jorge Luis e Juan David Ochoa Vásquez.
Para tentar ocultar seus negócios com o narcotráfico e obter apoio popular para iniciar uma carreira política, Pablo Escobar realizou várias obras beneficentes para os pobres, incluindo a inauguração de vários campos de futebol e a construção de um bairro inteiro conhecido como Medellín sin Tugurios (Medellín sem Favelas).
Pablo Escobar e o Futebol
Pablo Escobar foi dono do tradicional clube colombiano Atlético Nacional, e usava de ameaças e subornos para que seu clube ganhasse as partidas.
O funesto período conhecido como “Narcoterrorismo”.
Pablo Escobar impôs a membros do governo, polícia e militares da Colômbia sua própria lei, conhecida como plata o plomo (dinheiro ou chumbo), na qual as pessoas que não aceitavam seu suborno eram “presenteadas” com uma crivada de balas.
Foi eleito como suplente do congressista Jairo Ortega Ramírez, no entanto, o substituiu desde a primeira sessão no Congresso, angariando assim, grande influência em todos os setores civis, econômicos, religiosos e sociais do país.
Em 1983, foi denunciado e expulso do Congresso por outro congressista, Rodrigo Lara Bonilla, que posteriormente se tornou Ministro da Justiça. Bonilla iniciou um intercâmbio de informações com a inteligência dos Estados Unidos, que resultou na localização deTranquilandia, um laboratório ilegal utilizado por Pablo Escobar para processar cerca de 20 toneladas de cocaína por mês. Após o fechamento do laboratório, Escobar e o Cartel de Medellín cortaram relações com as FARC.
Em 1984, tendo em vista a necessidade proteger os laboratórios de processamento de cocaína e demais membros do grupo, ameaçados de serem capturados e extraditados para os Estados Unidos, Escobar criou uma nova organização de assassinos, denominados “Los Extraditables”, que assassinou o Ministro da Justiça Rodrigo Lara Bonilla no dia 30 abril de 1984, um ano depois do magistrado Tulio Manuel Castro Gil (que investigava a morte do Ministro) e no dia 30 de outubro de 1986 o magistrado Gustavo Zuluaga Serna, que investigava ambas as mortes. O grupo também foi responsável por dezenas de outras mortes de funcionários do judiciário.
Rodrigo Lara Bonilla
Rodrigo Lara Bonilla, Ministro da Justiça da Colômbia, assassinado no dia 30 de abril de 1984.
Guillermo Cano Isaza, diretor do jornal colombiano El Espectador, publicou na edição de 14 de setembro de 1983, imagens de Escobar quando traficava cocaína entre Tulcán (Equador) e Medellín. No entanto, nenhuma edição do jornal chegou a ser vendida em Medellín, vez que os caminhões que levavam as impressões foram interceptados durante o percurso. No dia 17 de dezembro de 1986, quando saia da redação do El Espectador, Guillermo Cano também se tornou mais uma vítima fatal de Pablo Escobar.
Guillermo Cano
Guillermo Cano, diretor do jornal El Espectador, assassinado por sicarios na saída da redação. Foto: El Espectador.
O dinheiro ilimitado de Pablo Escobar e sua organização criminosa lhe permitia contratar mercenários bem treinados de diversas partes do mundo, incluindo israelenses, britânicos e sul-africanos. São atribuídos mais de 90 massacres ao grupo paralimitar de Escobar apenas no ano de 1986.
Durante a campanha presidencial de 1989, assassinou o candidato presidencial Luis Carlos Galán, seu opositor, que possuía uma clara vantagem nas pesquisas de intenção de voto e já era apontado como o próximo presidente.
Luis Carlos Galán
Luis Carlos Galán, candidato a presidência em 1989, assassinado por Escobar.
DAS - Bomba - Pablo Escobar
Pablo Escobar também dinamitou o edifício da DAS, a polícia secreta colombiana, na tentativa de assassinar seu diretor, o general Miguel Alfredo Maza Márquez, que saiu ileso, apesar do prédio ter sido completamente destruído e do ataque ter custado a vida de cerca de setenta pessoas. Foto: El Espectador.
A tomada do Palácio da Justiça em novembro de 1985.
Holocausto do Palácio de Justiça - Colombia
Um sangrento confronto entre paramilitares e forças do governo sucedeu a invasão do Palácio de Justiça. Foto: El Tiempo
A tomada do Palácio da Justiça, em Bogotá, também conhecida como Operación Antonio Nariño e Holocausto do Palácio de Justiça, ocorreu em 6 de novembro de 1985, sendo executada pelo grupo paramilitar Movimiento 19 de abril (M-19), financiado pelo Cartel de Medellín. Tal incursão foi contra-atacada imediatamente pela Polícia Nacional e pelo Exército Colombiano. A retomada do Palácio se estendeu durante as 27 horas seguintes. O M-19 manteve cerca de 350 reféns sob seu poder, entre magistrados, conselheiros de Estado, servidores público e visitantes. 98 pessoas morreram durante os confrontos, incluindo 11 magistrados e outras 10 pessoas foram consideradas desaparecidas. O episódio foi qualificado como um “massacre” e “holocausto” pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Segundo depoimentos prestados a uma Comissão da Verdade em 2005, Pablo Escobar teria pago 2 milhões de dólares ao M-19 para que o grupo tomasse o Palácio da Justiça.
O dia em que Pablo Escobar mandou derrubar um avião.
Acidente Voo HK 1803 Avianca
Local da queda do Boieng 727 da Avianca, derrubado por uma bomba que havia sido plantada a bordo pela organização criminosa de Pablo Escobar
As 07 horas e 13 minutos do dia 27 de novembro de 1989, o Boeing 727 pilotado pelo capitão José Ignacio Ossa decolou da cidade de Cáli. Minutos depois, o voo HK 1803 da Avianca perdeu contato com a torre de controle e, nesse mesmo momento, habitantes do município de Soacha começaram a comunicar que teriam avistado um avião explodir em pleno ar. O que se pensava se tratar de um acidente aéreo causado por alguma falha técnica, transformou-se em uma nefasta constatação de um ato de narcoterrorismo, sem precedentes até então. Não houve sobreviventes. A bomba plantada pelo cartel de Medellín havia deixado um saldo de 107 pessoas mortas.
Apenas ferro retorcido, pedaços de avião, bagagens espalhadas e corpos mutilados em um raio de mais de 5km². Durante as investigações conduzidas pela Justiça e pela Força Aérea da Colômbia, com o apoio do FBI (Escritório Federal de Investigações dos Estados Unidos), foi descoberto que o atentado havia sido arquitetado por Pablo Escobar e respaldado por outros mafiosos, como Dario Usma Cano. Os mafiosos acreditavam que no voo estaria o candidato a presidência César Augusto Gaviria Trujillo, que também havia viajado a partir de Calí nesse mesmo dia, contudo, Trujillo estava em um avião particular. Seis meses depois do atentado terrorista César Gaviria seria eleito presidente da Colômbia, cargo que ocupou até 1994.
O atentado contra o voo HK 1803 da Avianca deixou na memória dos colombianos uma mostra significativa do poder da organização liderada por Pablo Escobar.
O astuto jogo político de Escobar
Pablo Escobar em 1991
Pablo Escobar em foto tirada no ano de 1991.
Depois de aterrorizar com atos de violência o governo do presidente César Gaviria Trujillo, Pablo Escobar se entregou a Justiça em junho de 1991, sob a condição de não ser extraditado para os Estados Unidos. Nessa instância, Escobar já havia consolidado seu monopólio sobre todas as rotas aéreas e marítimas de exportação de cocaína. Ficou recluso em La Catedral, prisão no município de Envigado, construída seguindo as especificações do próprio Escobar. No entanto, o cárcere não impediu Pablo Escobar de continuar cometendo crimes e comandar o Cartel de Medellín. Durante esse período, Escobar ordenou a morte dos de seus velhos companheiros de máfia, entre eles os irmãos Moncada Galeano.
O assassinato dos irmãos Moncada deu origem a um novo grupo paramilitar. O Los Pepes (Perseguidos Por Pablo Escobar) utilizava das mesmas táticas terroristas e de guerrilha para enfrentar o poderoso chefe do crime. O grupo começou a assassinar advogados de Pablo Escobar, plantar bombas em suas propriedades e colocar o país de vez em uma onda de violência e banho de sangue.
No dia 20 de julho de 1992, depois de receber a notícia de que seria transferido de prisão, Escobar empreendeu uma fuga tranquila e voltou a comandar suas operações criminosas fora das grades.
A morte de Pablo Escobar
Pablo Escobar Morto
“Es Pablo, es Pablo… ¡Viva Colombia! ¡Está muerto!”
Hugo Heliodoro Aguilar – Líder da operação que matou Pablo Escobar.
No dia 2 de dezembro de 1993, às 14:59, horário local, Pablo Escobar finalmente tombou sem vida perante a uma unidade de elite comandada pelo Coronel Hugo Martinez. A inteligência colombiana havia rastreado uma ligação de Escobar a seu filho, proveniente da casa número 450-94 da rua 79.
A operação militar durou apenas 15 minutos. Escobar e sua escolta abriram fogo contra os militares. O guarda-costas pessoal de Escobar, Álvaro de Jesús Agudelo, conhecido como El Limón, foi responsável por tentar atrasar o grupo de ataque ao mesmo tempo que Pablo Escobar subia ao telhado da casa, na tentativa de escapar. No entanto, Pablito foi alvejado várias vezes e teve uma morte instantânea. O cadáver do poderoso traficante foi levado ao Instituto de Medicina Legal para autopsia, sendo constatado que se tratava efetivamente do corpo do criminoso mais procurado da história da Colômbia. Pablo Emilio Escobar Gaviria era filho de Abel Escobar e Hernilda Gaviria de Escobar. Nasceu no município de Rionegro, em 1º de dezembro de 1949 e morreu aos 44 anos.
Pablo Escobar casou-se em 1976 com Maria Victoria Henao Vellejo, na época com apenas 15 anos. Deixou dois filhos, Juan Pablo e Manuela. Pablito sempre foi conhecido por seus casos extramatrimoniais, sobretudo com garotas menores de idade. Um de seus casos foi com Virginia Vallejo, que posteriormente se tornou uma personalidade famosa na televisão colombiana.
Escobar foi responsável por mais de 6.000 homicídios durante sua carreira criminosa e por proporcionar a Colômbia um dos mais funestos períodos de sua história. O túmulo de Pablo Escobar em Medellín virou atração turística e recebe milhares de visitantes todos os anos.
Túmulo Pablo Escobar
Túmulo de Pablo Escobar virou atração turística. Foto: Associated Press
Grafite de Pablo Escobar
Grafite de Pablo Escobar com a inscrição “San Pablo”. Autor desconhecido.
REFERÊNCIAS
NARCOTRÁFICO EN COLOMBIA. PABLO ESCOBAR, EL PEOR CRIMINAL DE NUESTRA HISTORIA.
LOS DELITOS DE PABLO ESCOBAR. ASESINADO MAGISTRADO DE MEDELLÍN.
PABLO ESCOBAR – EL NARCOTRAFICANTE MÁS GRANDE JAMÁS CONOCI.
LA HISTORIA NEGRA DEL FÚTBOL NACIONAL: GRAN ESPECIAL DE FUTBOLRED.
CRÍMENES DE PABLO ESCOBAR. ASESINADO EL MINISTRO DE JUSTICIA RODRIGO LARA BONILLA.
ASESINADO EL DIRECTOR DE EL ESPECTADOR.
BIOGRAPHY OF PABLO ESCOBAR. COLOMBIA’S DRUG KINGPIN. ABOUT.COM
EL FATÍDICO VUELO DEL HK 1803 DE AVIANCA. EL ESPECTADOR.
EN UN TEJADO ACABÓ LA CARRERA DEL CAPO.
A PABLO ESCOBAR LO MATÓ SU PROPIA IMAGEN.